Влез Регистрация

Скрий

Забравена парола

Забравена парола? Въведи твоят e-mail адрес и ще ти изпратим link, с който да създадеш нова парола.

Назад

Затвори
Pedro Abrunhosa

Pedro Abrunhosa

Mais Perto Do Céu

Адреса на видеото във Youtube, Vbox7 или Vimeo

Оригинален текст

Enquanto eu te escrevo,
Saravejo morre lenta
uma morte amordaзada
no silкncio dos tiros
e na paz da granada.
A noite acoita o metralhar
serб homem ou fera
este triste uivar?
Posso ver as avenidas,
coloridas, presentes,
hoje sombras despidas
do passado distante.
A vez do vizinho
que hoje foi a enterrar,
sozinho, claro, que morrer й ficar.
Os amantes ali estгo
abraзados no asfalto
onde as balas lб do alto
os apanharam а traiзгo,
no coraзгo, que й o sнtio ideal
para quem mata a paixгo,
que amar й fatal.

+ perto do cйu
anjo d'alma azul
+ perto do cйu
+ longe que o sul.

Calor, jб nгo hб,
sу se for o da mortalha
que й o lenзol que me agasalha
e a cama onde me deito
e me enrolo sobre o peito,
recordando o cйu azul,
e quer a norte quer a sul
a liberdade de fugir.
Ficar a resistir,
morrer, nem pensar,
que a coragem de aqui estar,
como ontem em Guernica,
й a vontade de quem fica.
Vazia a dispensa
й pior a indiferenзa.
Auschwitz ou Buchenwald
que afinal foram debalde,
porque as cвmaras de gбs
nгo ficaram para trбs
estгo aqui а minha frente.
Eu sу quero estar presente
de novo em Nurembrega,
porque um povo nгo se verga.

Refrгo

Por isso aqui estou
com arma sem muniзгo,
carne para canhгo
para contar toda a verdade...
... e liberdade.
E no futuro, nem sequer se vгo lembrar
que tudo dуi, mesmo Tolstoi
lido а luz da curta vela.
Saravejo donzela
tantas vezes violada,
sempre sу, abandonada.
Tudo o que tenho
й o empenho de quem sonha.
O silкncio й vergonha,
arma mortal, punhal
que mata e maltrata
escondido, sem ruнdo,
tantas vezes repetido,
e penetra no meu corpo,
que deixa morto
pelas costas...
sem resposta.
Agora й de vez.
Faz frio no inferno deste Inverno.
Cada bomba й uma sombra de indiferenзa.

Crenзa que tem que mudar.
Hб que gritar e mostrar
ao mundo os mortos
que o mundo ignora
e demora a perceber.
Uso a caneta
que й a minha baioneta,
paнs eterno
que deixo no caderno
tenho medo que me esqueзas
e me peзas para calar a voz,
mas nгo o faзas,
porque ontem foram ao outros
e hoje nуs.

Refrгo (2X)

добави Превод

Зареди коментарите

Още текстове от Pedro Abrunhosa